segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Pensamentos sobre o poder da música


 Fazer música é como contar uma história. O poder de uma história bem contada nos faz viajar em nossa imaginação e assim podermos criarmos as cores, detalhes, sons, sensações e o que mais tiver no conteúdo daquilo que é relatado. E esse conteúdo da nossa imaginação nos permite experimentar os mais variados temperos emocionais.
 A música cantada ou não possui esse poder em especial. Na minha visão, esse poder se manifesta não somente pelo conteúdo poético, mas pelos outros elementos sonoros reforçam essa manifestação artística. O ritmo, a harmonia e a melodia trazem um colorido especial para o conteúdo poético, transformando aquilo em um todo cheio de vida e expressividade própria.
 Ainda tenho que ler algo sobre, mas tenho quase certeza que esses elementos (ritmo, harmonia e melodia) estão presentes na história biológica do homem mesmo antes dele inventar as palavras em si. Acredito que esses elementos musicais alcancem áreas cerebrais mais primitivas do que a área responsável pelo entendimento da linguagem.
 A beleza da música está em nos fazer transceder os nossos limites de conhecimento da realidade e os nossos limites emocionais, trazendo inspiração e abrindo um canal de contato com aquele ser humano em essência, rompendo as couraças sociais e culturais que possuímos.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A música de Esperanza Spalding X A música de Justin Bieber


 Com o atraso de uma semana, pude saber do vencedor na categoria revelação do Grammy 2011 e me deparo com a figura inesperada de Esperanza Spalding (multi-instrumentista de jazz, cantora e também professora da "Berklee College of Music") ao invés da vitória de Justin Bieber (cantor pop).
 Particularmente, olho com certa desconfiança para o que é apresentado pela mídia hoje em dia. Muitas vezes, botam uma ou duas músicas para tocar nas rádios ou aonde quer que seja apresentando como "hit". O que pode algumas vezes, a música ser muito boa. Não sou contra o pop, apenas vejo que tudo, especialmente aquilo que é popular, tem que ser visto com um olhar crítico e pessoal. Ao invés de aceitar incondicionalmente, fazendo parte de mais um entre a multidão sem referências a mais que podem moldar a personalidade. Já houve casos em que achava legal uma ou duas músicas de alguma banda ou artista e quando fui baixar o cd e as outras músicas estragavam literalmente o cd, por abordarem o mesmo tema nas letras ou por conterem os mesmos arranjos ou ambos! Um insight que me surgiu agora é que as pessoas (e eu também me incluo como pessoa...) transferem a qualidade de uma obra para o artista/banda e passam a aceitar sem limites tudo o que é feito por eles (não é a toa que tem artista escarrando em cima do público e esse público acaba gostando disso, nojento mas é a realidade).
 O que é mais tosco ainda, são os ataques virtuais dos fãs em páginas da internet da cantora, desejando a morte dela e o escambau a quatro. Para mim, é mais uma forma de trollice da web, uma manifestação por demais emotiva e desnecessária. É a adolescencia do mundo superglobalizado pela internet.
 Além do mais, é como se Esperanza Spalding fosse culpada de ter ganho o prêmio. Se eu ganho algo, é porque mereci aquilo de alguma forma ou o doador quis me dar aquilo, certo? Se a  moça talvez é culpada de alguma coisa, deve ser por ter longos anos de dedicação musical, um domínio incrível de diversas linguagens musicais, de vários instrumentos e um controle vocal, conseguindo botar a pressão no momento certo e ser suave quando preciso. Uma coisa que acho até importante de enfatizar, esse domínio de várias linguagens musicais a permitem fugir dos clichês musicais atuais e presentes.
 Esse é a minha análise pelo que ouvi em seu último álbum "Chamber Music Society" e li em sua biografia. Fui escutar também o "My Worlds" do Bieber. O álbum do Bieber é até maneirinho, para uma festa, colocar uma ou duas músicas. Porque parece que há uma tendência neste álbum de manter sempre o mesmo clima, não surpreendendo muito, ou melhor, não surpreendendo em nada. E dei uma olhada em sua discografia, pelo menos aparecem três cds, a mesma quantidade de cds produzidos pela Spalding, sendo que de produção de músicas, achei o trabalho muito fraco. Muito fraco olhando pelo fato de que várias músicas se repetem nos 3 cds e são poucas músicas novas em relação ao fato de que são 3 cds produzidos. E apesar do muleque cantar bem, fiquei cansado da voz dele. Depois de umas 5 músicas, vou parar de escutar Bieber escutar e conhecer um pouco da Mallu Magalhães.
 A minha posição fica a favor da Esperanza pela vasta experiência musical que esta possui e pelos atributos e da minha análise pessoal mencionadas anteriormente. E esse post é apenas uma manifestação daquilo que penso, se for escutar algo do Bieber futuramente e gostar poderei até mencionar por aqui. O que você acha a respeito?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O que posso fazer com R$ 5,00 a mais?

Esse é o salário que vamos ganhar de aumento, ou até menos se for contar moeda por moeda...
















 Há algum tempo atrás, li em um desabafo do Facebook que o salário mínimo iria aumentar. Aumentar para R$ 5,00!! Não acha isso ótimo?!? Os aumentos de R$ 20,00 e R$ 40,00 foram negados em votação pelos parlamentares lá de Brasília. Confira a relação dos políticos que votaram para esse GRANDE FEITO da democracia brasileira nesse link sobre o salário de R$ 560 e nesse outro, a respeito do salário de R$ 600.
 Mais uma salva de palmas para a democracia brasileira que se faz tão efetiva nesse momento. E nossos representantes aprovaram um aumento de 133,96% para eles. Confira aqui.
 Talvez os coitados não tenham grana o suficiente para se sustentarem. E para o sustento deles, talvez futuramente eles tirem nossas casas e nossa comida. Que tal? Às vezes acho que é um caminho sem volta e estamos em um feudalismo contemporâneo.
 O que eu faria com R$ 5,00 a mais? Eu compraria balas. E vc, o que faria?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Medo do medo que dá


 Medo... já pensou quantas vezes já teve essa experiência? Muita vezes, uma experiência que é vivenciada por alguma coisa que percebemos em nosso cotidiano que gera uma série de reações biológicas e mentais que interpretamos de alguma forma, como uma forma de sobrevivência e preservação de nós mesmos.

 Vc está lá naquela situação, e logo vivencia um amontoado de sensações e interpreta esse monte de reações. Logo, se foca em seus pensamentos, imagens e tudo mais que a sua imaginação pode lhe propiciar naquele momento. Muitas vezes, a situação poderia ser uma oportunidade que está diante de você, uma oportunidade a ser alcançada.
 E o que acontece? Algo acontece para te paralisar e recuar. Para mim é uma das sensações mais curiosas que existem. Nesse momento a adrenalina é liberada e aí, uma decisão tem que ser tomada. Uma decisão de lutar ou fugir. E naquela situação, há uma possibilidade de escolha: escolher entre continuar focado em seu mundo interno ou direcionar a sua atenção para o que ocorre além de você e comparar, uma coisa com a outra.
 Existem por aí técnicas que mostram a trabalhar com a sua imaginação, trocando pensamentos catastróficos por pensamentos mais positivos ou agradáveis. É uma técnica que não desprezo de completo, considero sua relevância. Mas considero, acima de tudo,  a importância de se estar preparado para certas catástrofes, isso requer um trabalho de preparação de comportamento e por que não falar, força de personalidade? Por trás daqueles pensamentos, talvez haja essa intenção positiva, nos prepararmos para o que for acontecer, nos adaptarmos à situação.
 E por que não também pensar no outro lado da moeda também? no lado mais positivo?
 Segue a letra e o vídeo que me inspirou a fazer esse post repentino. Enjoy:
Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Entrevista com o Jô Soares

 No meu ponto de vista, Jô Soares é um dos maiores comunicadores do Brasil e um profissional versátil. Segue uma entrevista feita pela Marília Gabriela revelando aspectos da vida deste artista da tv que não conhecia.





sábado, 5 de fevereiro de 2011

Uma nova fase - ficar em casa e desfrutar o tempo vago


 Há algum tempo que estava fazendo um estágio. Você pode estar pensando que é tranquilo, afinal são somente 6 horas por dia. Pois é, são 6 horas mas percebi que haviam coisas importantes ainda que deviam ser feitas com esse tempo.
 Na minha opinião, atualmente, tempo e dinheiro estão andando praticamente juntos. Mas eu não sei até que ponto quero investir meu tempo que poderia ser de lazer/descanso/aprendizado/relacionamento com outras pessoas para ficar em um escritório a fim de ganhar dinheiro. Bem, esses dois anos de trabalho foram um período muito fértil, pude ver os meus limites e agora tenho que, refletir e trabalhar nessas minhas limitações.
 E por isso justamente, vou trabalhar em casa. Claro, sem ganhar nenhuma merreca. É um trabalho de desenvolvimento pessoal. Tenho muitos projetos em mente e já é hora de bota-los para funcionar.
 Bem verdade, que ficar em casa é um pouco angustiante e muitas vezes (ou senão em todas), é um lugar confortável demais para se submeter a um eustresse. A resposta para os meus problemas (pelo menos está funcionando até agora), é uma agenda do Outlook que serve para mim como um lembrete de focalizar em minhas atividades lembrando que sou apenas uma pessoa imersa em um mundo cheio de informações.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Referências para este ano

 Refletindo um pouco sobre o aprendizado do ser humano, de como alguém adquire ou irá adquirir uma nova habilidade, vejo um papel importante de meios externos que podemos adotar nessa caminhada, o que adquirimos como foco para prosseguirmos ou não fazendo algo que nos propomos a fazer.
 Os estudos de Bandura na Psicologia reforçam isso, explicando que o aprendizado das crianças (e por que não dos adultos também?) advém também dos exemplos que são fornecidos a elas, o que denominou de aprendizagem vicária. De alguma forma, modelamos o comportamento de pessoa que percebemos serem "bem sucedidas" naquilo que fazem, avaliando se será conveniente ou não adotarmos um comportamento semelhante a um personagem que vemos na televisão, por exemplo.
  Se observarmos as crianças, podemos ver de certa forma a influência de referências que são importantes para elas, em especial na brincadeira de faz-de-conta. Essas referências que modelam o seu comportamento atual e talvez fique algum rastro disso no futuro. As crianças, segundo Piaget, possuem essa forma de funcionar mais prática, até certo momento claro. Os adultos, entretanto, podem ponderar sobre diversas questões, ter uma capacidade de raciocínio mais abstrata, mas mesmo assim há referências que podem funcionar de forma dramática em seu cotidiano como as que são transmitidas pela tv e internet. Você pode perceber, a moda de gírias ou roupas em determinados momentos, por causa do "zeitgest" que está presente de uma forma geral em nosso cotidiano e é transmitido pelos meios em massa..
 Há, de alguma forma essa força poderosa em nossa mente de pessoas a quem acompanhamos de perto (se os seus olhos forem bons, eles terão luz... como dizia Jesus).  Por isso, pode ser importante ao traçarmos nosso plano de aprendizado, procuramos pessoas que podem ser exemplo nessa área. No aprendizado musical, por exemplo, vejo diversos alunos estudando essas referências, suas formas de se expressarem e adotarem para si de alguma forma. alguém que já possui uma habilidade considerável.