Esses dias estava dando uma lida nas páginas iniciais do I-Ching, que é um oráculo criado na China antiga há muito, mas muito tempo atrás. Apesar de ser um oráculo, há um ponto muito interessante que reparei por lá e por isso veio uma iluminação.
Bem primeiramente, esse livro é chamado de livro das mutações. Mutações é totalmente diferente de mudança: a mudança ocorre por algum esforço pessoal e a mutação é algo natural, fluido, que ocorre no momento certo sem nenhuma interferência. Pensem no exemplo da lagarta e sua metamorfose.
Jung usa um termo na Psicologia Analítica chamado arquétipo, um arquétipo é nada mais do que uma forma imaterial que ganha alguma forma, gosto de usar o termo energia primordial ou talvez uma essência que simplesmente existe.
E é simplesmente fascinante ver pelo menos como eu vi no índice, várias personalidades e estados emocionais nesse livro. Então por isso, me veio a mente a figura de Jung e o entendimento de que a tentativa de se estudar o ser humano, é bem mais antiga do que se pensa.
Mesmo que tenha sido feito por meios esotéricos, talvez haja um sentido nisso tudo, não pela advinhação, mas pela forma com que diversas e variadas formas foram estruturadas. Isso me recorre também a mitologia grega, onde nas diversas histórias são feitas abordagens a temas como traição, incesto, brigas etc.
Não tenho ainda muito conhecimento sobre isso, apesar de estudar psicologia. Mas entendo que essa ciência de entender o significado, os elementos da vida humana, são mais antigos do que pensamos e talvez seja interessante ver nessas raízes a mutação dessa energia psíquica em variados elementos que ainda se fazem presentes nos nossos dias atuais, embora com outra forma também, pois é um processo natural do ser humano: tentar dar significado a questões bem nebulosas e misteriosas.
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