Depois da experiência que tive no dia 07/10/10, fica difícil definir o que é arte. Posso dizer que o que os meus sentidos captaram dessa experiência foi algo novo e também bizarro e, a experiência foi algo intrigante. Bem irei contar o que aconteceu...
Junto com o pessoal da Psicologia, ficamos sabendo que um homem iria costurar as costas de uma mulher, colocando pérolas na mesma. Tudo bem, aquilo me chamou um pouco a atenção, mas estava interessado em ficar até o pessoal ir embora. Saindo de lá, vemos o casal se preparando: um homem barbudo usando uma máscara que tinha um nariz enorme e pontiagudo e uma mulher careca, ambos com algumas tatuagens e piercings, "vamos ver no que vai dar isso", foi o que pensei. Logo a mulher por um instante vai para o banheiro feminino e retorna totalmente nua, senta-se em um banco e fica com uma tigela de ferro no meio das pernas: "pronto aquilo dali é um pinico, porque ela está com aquilo?".
Imediatamente, descobri que ela tirou do "pinico" uma coisa branca que parecia ser feita com farinha e levava a boca e logo em seguida vomitava e passava no seu corpo enquanto o seu parceiro costurava as suas costas. Em alguns momentos havia um homem que cantava palavras como um mantra, eram palavras em alemão e inglês e aquilo me atiçou a curiosidade: o que era o que ele falava? Eu estava em algum tipo de ritual sem saber?
O espetáculo terminou e o costurador entrega as pérolas para os espectadores do evento e sobe um andar com a mulher, agora com um novo enfeite de pérolas em seu corpo. Uma parte do pessoal resolve seguir, talvez o espetáculo não tenha terminado, vou junto com eles. passando por um corredor (os corredores da UERJ realmente lembram um filme de suspense quando estão vazios)e escuto então um barulho de porta se fechar. Estava atrás e não consegui ver qual porta tinha se fechado, apenas vi duas portas: uma aberta e outra fechada e algumas inscrições na parede, e em uma delas estava com os seguintes dizeres apontando para a o banheiro aberto "aonde estava a arte que estava aqui", pensei que era parte do show.
Logo entrei na porta do banheiro e ninguém... não tinha nada lá. Quando fui ver o cara saiu na porta ao lado da que eu entrei dizendo que a apresentação tinha terminado. Ok, não precisava do clima de suspense, fazendo a gente pensar no que mais iria acontecer.
Enfim, talvez isso seja uma forma de arte, não sei. Foi interessante as minhas reações, poder observa-las e observar a reação das outras pessoas. Nessa hora que alguma subjetividade apareceu, cada um manifestando a sua expressão com aquela expressão incomum que estava em cena. Conversei até com esse rapaz que cantava os "mantras", na verdade, eram poesias com palavras aleatórias. A intenção? Cada um interpretava de acordo com o que achava que era.
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