sábado, 23 de outubro de 2010

Psicolinguistica: Determinações inatas e ambientais no desenvolvimento linguístico

 Temos como determinações inatas do ser humano as características biológicas que determinam a criação linguística do sujeito. Chomsky pode ser considerado de certa forma um defensor dessa capacidade inata do sujeito no que se refere à aquisição da linguagem. Como determinações ambientais, o efeito dos estímulos ambientais para que o indivíduo então, aprenda a linguagem. Atualmente, tem-se pensado não em uma ou outra, mas em como essas duas teorias podem dialogar entre si para o desenvolvimento de pesquisas.
 Em relação a características biológicas, temos exemplos de patologias como a afasia de Broca e de Wernicke, ambas localizadas no lado esquerdo do cérebro. Broca foi alguém que conseguiu encontrar uma área do cérebro responsável pela expressividade e motricidade da fala, enquanto Wernicke, encontrou uma área cerebral que afetava a compreensão das palavras. É interessante perceber que há uma ponte entre essas duas áreas, e que uma lesão nessa ponte, pode causar um déficit de expressão.
 O lado direito do cérebro não estaria envolvido na linguagem? Bem, é difícil encontrar casos de lesões nesse lado cerebral que provoquem algum tipo de distúrbio. Na verdade o hemisfério direito está bem mais envolvido com a percepção de relações espaciais, reconhecimento de percepção e habilidades artísticas. De uma certa forma, há uma conexão da linguagem nesses hemisférios.
 O ponto de relacionamento em que o ambiente entra em jogo, é que existe no ser humano, teoricamente, um período crítico para que essa linguagem se desenvolva. Esse período irá contar muito com a estimulação do ambiente, com o comportamento dos pais em relação ao bebê e as determinações do contexto em que ela se situa. Um exemplo é que crianças tendem, a conseguir aprender uma língua mais rápido do que um adulto conseguiria. E esse período funciona tanto para as que conseguem falar quanto para as que se comunicam por sinais.

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