domingo, 29 de janeiro de 2012

Juventude envelhecida, um grande fanfarrão, a polêmica em pessoa... uma perda.

 Hoje, o céu se encontra mais cinza. Se encontra mais cinza não somente por causa da chuva, mas porque soube hoje que um grande cara nos deixou na sua mais tenra idade.

 Só quem conhece o Marcos Clark, autor do Juventude Envelhecida, pode falar o quanto ele representou, mesmo que seja em algum aspecto. Pude ter o prazer de tê-lo conhecido pouco e considera-lo como uma referência. Referência pois era um cara que vivia de acordo com seus princípios, não se importava com o grau de polêmica que iria ser causado através de suas atitudes, sejam elas expressas pessoalmente ou virtualmente.

 Cara, eu não tive a oportunidade de te dizer isso. Mas posso te considerar um exemplo de escritor através dos seus posts, um exemplo de cara social que conseguia se relacionar com vários tipos de pessoas e um exemplo de ser humano que conseguiu viver a vida ao seu estilo. Mesmo jovem passou por muita coisa nessa vida que parece que, pela sua juventude, parece ter vivido o dobro.

Tantos planos, tantos sonhos, quão efêmera é a vida... como se permitir viver intensamente no Carpe Diem que nos cerca e criamos barreiras.

 Eu e mais centenas de pessoas sentiremos a ausência que vc nos deixou. Este foi o texto do seu último post:

"Seth Cohen me lembra de uma época onde eu era muito... Seth Cohen.
Sabe, não ter muitos amigos, a menina que você gosta nem olhar na sua cara, ninguém sequer se preocupar com a sua existência.
Mas foi bom.
Foi bom porque tive de desenvolver certas habilidades.
Como o bom humor, pra não demonstrar a tristeza que me corroia por dentro.
E meu hábito de leitura.

Sim, eu tinha todos os gibis do Superman e de outros heróis, e ainda os tenho.
Os tenho guardados em um bau bem fechado junto com meus briquedos favoritos, e minha coleção de carrinhos de ferro.
Meus pokemons, meu game boy, minhas cartas de amor...
É toda a minha adolescência empacotada e guardada à sete chaves.

As vezes eu gosto de pegar e reabrir esse baú.
É quase um ritual que faço e acabo voltando no tempo.
E sabe, as vezes sinto muitas saudades de quem eu era.
Um sonhador que acreditava que sabia voar.
Porque no fundo eu era inocente, e talvez bem lá no fundo, eu ainda seja."

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