quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu e Orpheu

Impressionante como estou fazendo o contrário
Durante muito tempo aprendi muita coisa a respeito da arte do amor
Mas quando um sentimento arrebatador vêm,
Toda técnica e sabedoria parece que me some
E daí ajo precipitado feito uma criança
Perdido, não conseguindo encontrar um ponto intermediário
Perdido, só vejo extremos de uma forma muito louca

Será que todo esse tempo de experiência com outras
Não me ensinaram nada?
Ou sera que me foram úteis?
Será que eu pude aprender de alguma forma
Que entregar-se a essa coisa arrebatadora talvez seja algo necessário

Deixo as ninfas e animais aqui na terra
E desço até o inferno da minha existência
Tento te encontrar, dar sentido a forma que você está formada em meu interior
Dar alguma luz a essa sua imagem turva, enigmática
Tentar transformar isso que é ponto de interrogação
Em alguma certeza, em algo estabelecido
Para que eu possa tocar uma serenata
Para criar alguma arte em forma de melodia e harmonia

Só quem conhece poderia entender o sentido dessa analogia
Como se um personagem se voltasse contra mim mesmo
Como se tivesse despertado forças sem saber as consequências
Os dramas despertos em um mito distante,
Mas talvez agora, próximo de mim, porque o invoquei

Agir feito criança
Paixonite
Tempo
ponto de interrogação

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