terça-feira, 9 de agosto de 2011

Hospital, internações e profissionais de saúde

 Estive internado a uma semana atrás pra fazer uma operação simples, coisa que durou uns 2 dias e vejo o quanto o ambiente hospitalar é um lugar delicado quando falamos em lidar com pessoas. Ser atendido por profissionais competentes e com um senso de humanidade se torna o mínimo possível a se fazer.  

 Aonde estive internado foi até tranquilo. A maioria, ou senão todos de uma forma geral, se mostraram empáticos durante o período em que estive internado. É bem certo que até mesmo diante disso, o ser humano que fica naquele leito ou esperando uma cirurgia se torna uma pessoa sensível por demais: longe de seus familiares, de seu lugar de descanso original, restrigido a um espaço físico que não é seu e nem dominado por ele, estando dependente dos profissionais que se encontram presentes, desprotegido das informações que são lhe passadas a respeito da situação de saúde em nosso país e tantos outros aspectos que o fazem se tornar frágil naquele ambiente.

Se torna necessário da parte dos profissionais de saúde, todo um cuidado ético quanto as expressões, atitudes e palavras em relação ao paciente e seus familiares, que também estão fragilizados pois se encontram longe. Vejo o quanto se torna importante certas habilidades a serem manifestas nos dias de hoje com um modo de pensar focalizado na tecnologia e naquilo que podemos considerar de conhecimento especializado e técnico. Habilidades tais como carisma e empatia que acredito que não se trata somente de uma questão de personalidade, mas que todos podem ter de diferentes formas. Talvez possa falar isso em tópicos futuros.

 Olhando essas questões, acredito que o trabalho da Psicologia pode atuar como facilitador para promoção e atenção não só do paciente fragilizado, como do profissional de saúde que também pode se encontrar desgastado diante de tantas situações vivenciadas em seu ambiente de trabalho e fora dele. É uma pena que o espaço do psicólogo ainda se encontra pequeno, nos resta a esperança de que tal lugar se expanda mais para promoção da ética entre cuidador e paciente enquanto em um ambiente hospitalar.

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